O filósofo e o canoeiro
Era fim de tarde quando o ilustre filósofo chegou à beira do rio para pegar a canoa até o outro lado, onde morava. Era uma travessia longa, demorava uns 30 minutos. E assim saíram os dois, filósofo e canoeiro, sentados cada um de um lado da canoa.
Todos os dias o filósofo fazia aquela travessia, mas só agora percebeu que nunca tinha conversado com o canoeiro. Nesse dia, então, resolveu puxar conversa:
"Ô, meu filho... Como estão as coisas com você?"
"Tudo bom, doutô... Com a graça de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo."
E o silêncio novamente se estabeleceu. Um minuto, dois minutos, cinco minutos, e nada. Apenas o barulho do remo tocando as águas enquanto o canoeiro remava.
Mais adiante o filósofo resolveu perguntar ao rapaz:
"Meu filho, me diga uma coisa... Você já estudou filosofia?"
O canoeiro fez uma careta.
"Ôxente... Sei nem o que é isso."
O filósofo balançou a cabeça em sinal negativo e disse:
"Ô, rapaz... Que tristeza... É uma pena você nunca ter tido a chance de pensar nas coisas mais profundas da existência humana, não ter tido a chance de pensar o que os grandes homens pensaram; Platão, Aristóteles, Kant, Hegel... Que pena... Para mim, uma pessoa que não tem a oportunidade de estudar filosofia é como se tivesse perdido um terço dessa vida."
O canoeiro, calado, nada respondeu. Continuou remando, cumprindo seu ofício com obstinação. Lá pelas tantas o filósofo voltou a questionar o canoeiro:
"Meu jovem, me diga... Você sabe alemão?"
O canoeiro fez outra careta.
"É o quê, moço? Se eu sei o limão?"
"Não, homem... Se você sabe ALEMÃO, se sabe falar ALEMÃO!"
"Sei não, moço. Sei nem falar português direito."
E o ilustre pensador, com o olhar triste, lamentou:
"Ô, rapaz... Que tristeza... Há tantas coisas profundas que só o alemão pode expressar! É uma pena... Para mim, uma pessoa que não tem a oportunidade de estudar alemão é como se tivesse perdido um terço dessa vida."
O canoeiro, calado, nada respondeu. Continuou remando.
Mais adiante, pouco depois do meio da travessia, o canoeiro percebeu que uma rachadura antiga que havia na canoa se rompeu e começou a entrar água do barco. O filósofo estremeceu. A água foi entrando, entrando, o canoeiro tentou jogar a água para fora da canoa, mas não estava adiantando. A canoa estava afundando e não havia nada a ser feito. Então o canoeiro virou para o filósofo e perguntou:
"Doutô, o Sinhô sabe nadar?"
"Não, não sei!" disse o filósofo, apavorado.
"Então, moço, o Sinhô perdeu foi sua vida toda."
O canoeiro pulou no rio e nadou até a margem. O filósofo, coitado, morreu afogado.
A Justiça do caseiro
Durante o julgamento do chamado Caso Palocci, no Supremo Tribunal Federal, o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve o sigilo bancário quebrado pela direção do Ministério da Fazenda, ouve com atenção o ministro Marco Aurélio, que votou pelo recebimento da denúncia contra o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP).
Marco Aurélio — Hei de honrar a toga! Então temos que estabelecer balizas, senão teremos a Babel. A judicatura não tem lado. E o quê está posto? Está posto o decidido. O ofício judicante não pode claudicar…
Francenildo (perguntando ao seu advogado) — Doutor, isso é bom ou é ruim?
Advogado — Rapaz, tenha um pouco de paciência! Também estou tentando descobrir.
O Empresário e o minerin
Num certo dia, um empresário viajava pelo interior de Minas. Ao ver um peão tocando umas vacas, parou para lhe fazer algumas perguntas:
- Acha que você poderia me passar umas informações?
- Claro, sô!
- As vacas dão muito leite?
- Qual que o senhor quer saber: as maiáda ou as marrom?
- Pode ser as malhadas.
- Dá uns 12 litro por dia!
- E as marrons?
- Tamém uns 12 litro por dia!
O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
- Elas comem o quê?
- Qual? As maiáda ou as marrom?
- Sei lá, pode ser as marrons!
- As marrom come pasto e sal.
- Hum! E as malhadas?
- Tamém come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
- Escuta aqui, meu amigo! Por que toda vez que eu te pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou das marrons, sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
- É que as maiáda são minha!
- E as marrons?
- Tamém!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Descontraindo a sexta-feira
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3 comentários:
Adorooooooooooooooooo kkkkkkkkkk.....
por isto que gosto de sexta feira
aiaiia coisas de Fabricio...
adoreiiii
super bju
Valeu, Hevellyn. Beijão.
Como diria o filósofo Marx: os homens se limitaram a interpretar o mundo, a partir do materialismo histórico cabe então modificá-lo mediante a práxis.
Abraços.
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