A Constituição Federal, em seu artigo 1º, inciso II, traz a cidadania como fundamento da República Federativa do Brasil. Tem-se, portanto, a cidadania como base, sustentação, ou seja, a razão de existir do nosso Estado Democrático de Direito.
Durante muito tempo, o conceito de cidadania esteve adstrito à participação política. Somente os homens nobres, de muitas posses, podiam participar da vida política, sendo que mulheres, escravos, analfabetos e pessoas carentes estavam absolutamente excluídos de qualquer atividade política.
Nos dias atuais, o conceito de cidadania vem sendo alargado para significar a participação do cidadão em diversas atividades ligadas ao exercício de direitos individuais. Com efeito, vê-se a cidadania num sentido mais amplo do que o titular de direitos políticos. Em sentido estrito, por outro lado, é apenas a qualidade de ser eleitor, votar e ser votado.
Cidadão não é só o eleitor, mas também indivíduos outros que, mesmo sem estar no exercício dos direitos políticos, podem exercer atos concernentes à cidadania.
Além da capacidade de ser eleitor, votar e ser votado, a cidadania é revelada também pela aptidão do indivíduo de modificar a sua realidade e o meio no qual está inserido. Isso se dá pelo envolvimento nas questões da sua própria comunidade. Pode-se citar como exemplo a participação em movimentos populares, cooperativas, associações, partido político etc. De maneira simples e não menos importante, existe cidadania no ato de não jogar no chão um papel de bala, de picolé ou uma lata de refrigerante.
Infelizmente, ainda não se exerce a cidadania em sua plenitude, de modo efetivo. A ação popular, por exemplo, pode ser proposta por qualquer cidadão, sempre que houver ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente etc. O patrimônio estatal é público, pertence ao povo e por este deve ser fiscalizado. Este poderoso instrumento, entretanto, é pouquíssimo utilizado pelos cidadãos, o que nos leva a crer que ainda falta muito para se alcançar o exercício pleno da cidadania.
Outra demonstração do exercício da cidadania está no questionamento, na argumentação, na criticidade, na polemização das questões que lhe são apresentadas. Para que a pessoa possa agir de maneira a viver efetivamente a cidadania, é necessário que ela tenha INFORMAÇÃO. Sem a gana pelo conhecimento por parte do cidadão, não se alcançará uma sociedade mais justa.
Para poder questionar, criticar, debater, argumentar, é importantíssimo que se tenha informação. Assim, você falará com autoridade e convencerá. Seja curioso, nunca vá dormir sem antes descobrir tudo aquilo que não ficou claro para você. Uma palavra, por exemplo, nunca fique em dúvida a respeito de seu significado. É aqui que entra a LEITURA e o interesse por questões importantes, sérias, que dizem respeito à nossa dignidade e à nossa cidade.
Assim, esta história de que o Brasil só irá mudar quando houver um investimento maciço na educação parece cansativa, mas não há outro caminho. E já há uma evolução bastante perceptível.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
A AMPLITUDE DO CONCEITO MODERNO DE CIDADANIA
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
HOJE É SEXTA-FEIRA: PIADINHAS PRA RELAXAR!
- Irmão Tomás, venha ver um boi voando!
Tomás levantou-se tranqüilamente e dirigiu-se ao átrio do mosteiro. Olhou para o céu com os olhos apertados e a testa franzida, tentando localizar o tal boi voador.
O frade desatou a rir, e disse:
- Ora, irmão Tomás, então o senhor é tão crédulo a ponto de acreditar que um boi pudesse voar?
- Por que não, meu irmão? – retrucou calmamente Tomás. E acrescentou: - Eu preferi admitir que um boi voasse que acreditar que um cristão pudesse mentir.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
SUBTENENTE SINVAL: UMA COINCIDÊNCIA AGRADÁVEL
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
OS PARADOXOS DA VIDA
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A SUCESSÃO DE INSTANTES NOS LEVA À ESCATOLOGIA
Tenho pensado muito na passagem do tempo, é muito rápido, o instante é algo impressionante. Vivo porque o instante existe. Quantos instantes já se passaram. A sucessão de instantes nos leva à morte. Pode-se dizer à escatologia, palavra, aliás, que aprendi hoje, quando li o Evangelho. Significa os últimos acontecimentos, o fim.
Muitas gerações vieram e já se foram. Estamos vivendo nessa vida aqui, mas tudo passará e, muitas vezes, não atentamos para isso.
O ser humano precisa aprender a valorizar cada segundo, cada instante, cada suspiro, o pulsar do coração, as consideradas pequenas coisas, que, na verdade, são as maiores, que são os sentimentos bons pelos próximos, além, é claro, de apreciar as belezas do amanhecer, do céu, da natureza, o que, quase nunca, paramos para contemplar. Deve-se ter a convicção de que existe, sim, a vida eterna. Senão, não haveria razão para vivermos aqui. É preciso ver as coisas de outro modo, com mais amor, respeito e compreensão das diferenças. Nós fazemos algo hoje e, depois, quando nos lembramos dela, já se passou muito tempo.
Trata-se da sucessão dos instantes, que nos conduz aos últimos dias. Se dez anos passam que nem vemos, isso quer dizer que vamos perder essa vida terrena sem também ao menos nos dar conta. As pessoas se esquecem de que iremos perder pai, mãe, e todos os entes queridos. Esse é o ciclo da vida. É triste dizer isso, mas é o que vai acontecer com todos nós. Por esta razão, devemos viver cada instante como se fosse o último de nossas efêmeras vidas. Não podemos eternizar o instante. É essa fração inexorável de segundo que, repito, nos levará aos últimos dias, exatamente aqueles que seus avós estão vivendo hoje e que você viverá amanhã. E não demorará a chegar. Precisamos nos preparar. É preciso saber viver – parafraseando o grande Roberto Carlos.
Em breve, estaremos velhinhos, fase em que a experiência e a nostalgia tomarão conta de nós. Período não menos importante que a infância - da ingenuidade - e a fase adulta - da euforia e ansiedade.
Ficamos numa busca infinita de algo que nem nós mesmos sabemos o que é. O importante mesmo é ter aproveitado bem o seu dia, o instante que já passou. Você já parou hoje para ver o sol, o céu, as árvores? Pode ser que amanhã você não esteja mais aqui.
Esta reflexão é apenas para ficarmos alertas quanto à fugacidade da vida, a fim de que tomemos consciência da importância de viver bem aqui e das conseqüências terríveis da má-conduta, da má-fé, do desrespeito, da ausência de amor, da corrupção, e tantos outros maus comportamentos praticados por muitos.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
DIREITO CONSTITUCIONAL III
